Comunidade Nossa Senhora da Confiança
ALCOBAÇA
Hoje, Festa de Todos os Santos. A Comunidade de Nª Sª da Confiança deslocou-se ao cemitério para enfeitar a campa da nossa querida Irmã Conceição. Depois de estar tudo alindado, acomodámo-nos como pudemos e, ali, rezámos a terço em conjunto pela nossa Irmã sepultada, neste cemitério, e não só por esta, mas por todas as nossas Irmãs, suas famílias e todos os fiéis defuntos. Foi um dia diferente, mas agradável!

No sentido de corresponder ao repto lançado pela nossa Madre Geral Clare Stanley, de fazer um ano de oração intensa pela canonização da nossa Fundadora, pensámos que, para além de rezarmos, também podíamos tornar a nossa Fundadora mais conhecida, se pudéssemos falar ao fim de semana na Eucaristia das paróquias da Vigararia de Alcobaça. Uma oportunidade única de a dar a conhecer, deixar alguma bibliografia, velas e a pagela com a oração a pedir a graça da sua Canonização. Nesta iniciativa juntaram-se os nossos queridos associados com fé e muita esperança! Não é de esperança que todos precisamos?
Envidados os contactos necessários eis-nos dia oito de novembro a caminho do sitio da Nazaré. Fomos muito bem acolhidas pelos Padres Salvador e Paolo Lagatta, nas eucaristias do Santuário de Nª Sª da Nazaré, na Pederneira e na Igreja de Santo António, que introduziram muito bem a partilha, das irmãs, depois da homilia. Expressaram entusiasmo e afeto na sua partilha e o povo nazareno manifestou o seu contentamento com uma salva de palmas. À saída vendeu-se alguns livros e distribuiu-se folhetos e pagelas com as orações a pedir a graça da Canonização da nossa Fundadora.
Já viram como podemos colaborar? Muito simples! E, verdade se diga, ficamos com a melhor parte, pois no contacto com estas gentes vivenciou-se muito do calor humano, do respeito, do carinho e das saudades que este povo nutre pelas irmãs, que passaram nestas terras oferecendo a vida e sendo testemunho vivo.
Alguns ecos reconhecidos: “A Ir. Mª José matou-me muita fome, a mim e a milhares de pessoas”. E ainda “como estão as Irmãs Cecília Martins, a Maria das Dores, a Margarida…ai, irmãzinha fizeram tanto bem à nossa terra!”. E das falecidas nomearam um rol delas… Até apareceu um pretendente, o senhor Manuel Limpinho, a oferecer-se para colaborar no restauro da campa da Irmã Maria José dos “pobres”, que com a lagrima a correr pela face exclama: “que saudade da querida irmã Mª José”. Enfim, um nunca mais acabar de recordações, que nos deixaram embevecidas pela boa semente lançada pelas nossas antecessoras.

Mais do que falar, é preciso fazer! Com os pequeninos também preparamos algo especial, que os ajudasse a interiorizar a riqueza deste grande acontecimento. À entrada da Escola Azul, assinalamos o baptismo de Ana Maria com um grande painel, de Nanete, a dar as boas vindas às crianças e aos pais acompanhado de música ambiente. E num espaço mais intimista fez-se uma breve celebração, com os pequeninos, a evocar este acontecimento, onde não faltou castanhas e bolo tão do seu agrado. Esperamos que dê frutos!

Felizmente há boas notícias! Dia catorze e quinze de novembrocontinuamos a nossa missão, agora, em Alcobaça e Vestiaria. Aqui, não foi totalmente novidade, uma vez que aproveitamos a data do nascimento e baptismo da Fundadora, para promover alguma iniciativa, relembrando ao povo alcobacence a grande mulher que foi Ana Maria Javouhey. Falamos nas eucaristias de sábado e domingo antecedida por uma excelente nota introdutória do Padre Ricardo alusiva à canonização. Com uma alusão ao Evangelho dos Talentos referiu que: “Ana Maria Javouhey foi a serva fiel, que recebeu cinco talentos, e quando voltou o seu senhor, entregou outros tantos”. Sem dúvida, que esta missão tem sido muito compensadora para Irmãs e associados que nos têm acompanhado com o seu entusiasmo, fervor e colaboração na distribuição de panfletos, pagelas e venda de livros.
Outra notícia maravilhosa, dia vinte e um, dia da apresentação de Nª Sª no templo, o nosso destino foi a Benedita, que tem como Párocos, os Padres Jean Frank e Eduardo. E lá vamos nós, na carrinha, a transbordar de entusiasmo com irmãs e associados para as Missas das dezasseis e dezoito horas. Nem o espectro da pandemia impediu o acolhimento entusiasta e jovial destes bons sacerdotes que nos acolheram com muita alegria e entusiasmo, que depois de se inteirarem do objetivo da nossa missão, colaboravam com a sua palavra de sensibilização aos seus paroquianos, oferecendo-nos oportunidade de falar da nossa querida Fundadora. No fim das Missas, fizemos a nossa publicidade e imaginem descobrimos o sobrinho da nossa querida irmã, centenária, Ana José, que é natural desta freguesia. Que coincidência incrível, parabéns!

Dia vinte e dois foi dia de levantar mais cedo que o costume, uma vez que ao fim de semana aproveitamos para dormitar mais um pouco, mas … toca a levantar o dinamismo e a vitalidade da missão chama por nós! Às oito e quinze ao caminho, com a carrinha cheia de irmãs e associados rumo as três eucaristias dominicais. Alternadamente as irmãs Maria Idalina e Emília Jorge não só falam com entusiasmo de Ana Maria pedindo orações pela sua canonização, mas também comprometem-se e à comunidade de rezar pelas intenções das gentes por onde passam. Que grande responsabilidade!
Outra óptima notícia! Quando estávamos cá fora, no contacto com as pessoas, perguntaram-nos por Soeur Henri e por outra Irmã de Santarém, com quem tinha lecionado no colégio de Luanda, em Angola. Não se lembrava do nome, mas julgamos ser a nossa querida irmã Francisca, já no céu. Uma outra senhora muito feliz aproximou-se dizendo: “Sabem? Eu chamo-me Ana Maria e faço anos no dia da vossa fundadora. Quando tinha 10 anos, a Irmã Ana José ofereceu-me um livro e, quando o li, vi a coincidência do meu nome e do meu aniversário e fiquei muito contente”. A Senhora estava na disposição de fazer parte dos associados, em Alcobaça, se o horário de trabalho não fosse incompatível. Promete ser um grito de esperança, não acham?
Viemos a casa almoçar. A alegria brilhava nos rostos de irmãs e associados, que, como os apóstolos, sentiam-se felizes por semear a Palavra de Deus. Ao fim da tarde, voltámos para a Eucaristia das dezoito horas, mas desta vez, a comunidade inteira uniu-se na missão de comunicar Ana Maria aos nossos irmãos. Regressamos, maravilhadas e entusiasmadas para continuar a missão. Que iniciativa tão boa!
Gostaram de acompanhar a nossa missão? Que tal participar?

Beijinhos das Irmãs de Alcobaça.